A IGREJA NO MUNDO

Logo após a ressurreição de Jesus, os discípulos reunidos receberam o Espírito Santo. Esses primeiros momentos estão narrados nos livros de Atos, no Novo Testamento. Nesse período, porém, enquanto os livros do Novo Testamento eram escritos, a igreja era perseguida pelo império Romano. Essa perseguição aconteceu por mais de 200 anos, até que, em 313, o Imperador Constantino decretou o Edito de Milão, dando liberdade para os Cristãos. Em 325, o mesmo Imperador convocou o concilio de Nicéia. Os principais líderes, chamados de Pais da igreja, começaram a estudar os escritos neotestamentário para elaborar as doutrinas. A igreja católica, então, começou a incorrer em várias práticas diferentes da orientação bíblica. Por isso, mais de 1000 anos depois do Concilio de Nicéia, um monge chamado Martinho Lutero liderou um cisma que ficou conhecido como Reforma Protestante. Seu principal questionamento depois de estudar a Bíblia, era que a salvação da alma não era conquistada por mérito da pessoa, mas pela graça de Deus.

Antes da Reforma Protestante, as pessoas confundiam a igreja com a sociedade em geral. Assim, na Europa Medieval, todas as pessoas que nascia eram batizadas e faziam parte da igreja. Houve um grupo de cristão, no século XVI, que questionou essa prática e foram chamadas de anabatistas. Eles não acreditavam que a igreja deveria ser composta automaticamente de todas as pessoas que nasciam, mas somente de pessoas que, na idade adulta, passassem pela experiência da conversam.

Ao mesmo tempo em que Lutero liderou a reforma na Alemanha, o Rei Henrique VII também liderou uma reforma na Inglaterra, dando origem a Igreja Anglicana. Seus descendentes, porém, quiseram voltar para a igreja Católica e muitos anglicanos fugiram para Holanda. Um deles era João Smith, que chegou a Amsterdã e conheceu os anabatistas. Assim, em 1609, a união dos anglicanos ingleses com os anabatistas na Holanda deu origem à igreja Batista. Eles voltaram para a Inglaterra e, novamente perseguidos, fugiram para os Estados Unidos que, na época, ainda eram colônia da Inglaterra. Depois de tantas perseguições, organizaram uma igreja democrática.  Por isso, até hoje, as igrejas batistas têm como característica a sua autonomia local, onde as decisões não são tomadas por nenhuma autoridade imposta, mas mediante os votos dos seus membros.